O segundo Festival Internacional de Galerias da China foi realizado entre 2 e 5 do mês corrente em Beijing, com a participação de galerias de arte de grande renome e provenientes de todo o mundo. Os especialistas do setor apontam que o grande desenvolvimento do mercado de produtos artísticos da China impulsiona o intercâmbio com o mercado internacional.
Para os chineses, galerias de arte são novidades. De acordo com o diretor geral do festival, Dong Mengyang, profissionais que atuavam na área de exposição surgiram na China há um século. Porém, geralmente tratavam-se de lojas de pinturas. Somente vendiam as obras. O objetivo das exposições é firmarem acordo com pintores e artistas fixos e tornarem os seus agentes econômicos. Elas conectam os comerciantes, artistas e colecionadores de belas artes e proporcionam um espaço necessário para este tipo de relação.
Em 1987 foi inaugurada em Beijing a primeira galeria moderna chamada "Sui Yixian". Segundo as mídias da época, o seu estabelecimento previa o início da industrialização da pintura a óleo. Mas naquele tempo, ainda não havia sido constituído um o mercado de pinturas a óleo. Os chineses dificilmente gastariam centenas de yuans para comprarem uma pintura deste tipo.
Em 1991, Brian Wallance, um australiano que viveu durante cinco anos em Beijing, instalou a primeira galeria estrangeira contemporânea chamada "Porta vermelha". Posteriormente, os estrangeiros abriram sucessivamente outras galerias em Beijing como a Shanghart e a galeria "Si heyuan"---casa tradicional chinesa em forma de quadrado. Eles trouxeram para a China técnicas e teorias avançadas do Ocidente. Com o progresso econômico e a elevação da qualidade de vida dos chineses, as pessoas começaram a conhecerem e colecionarem as obras artísticas contemporâneas. O número de galerias especializadas aumentou a cada dia. Brian Wallace que reside há 20 anos em Beijing sentiu profundamente o crescimento do setor na China. Ele afirmou:
"Na China, aparecem mais e mais galerias. O seu mercado desenvolveu-se rapidamente. Por isso, muita gente acabou se interessando por esse tipo de arte. Anteriormente, os compradores eram em sua totalidade estrangeiros. Nos últimos dois anos, essa tendência mudou. A paridade entre compradores chineses e compradores estrangeiros é 1:9. A faixa etária desses compradores variam entre 20 e 40 anos.
Atualmente, a China possui aproximadamente cinco mil galerias. Muitas delas se concentram em Beijing e Shanghai. Enquanto prospera o mercado de produtos artísticos chineses, necessita-se também uma plataforma para o intercâmbio com os homólogos estrangeiros. No ano passado, foi realizado o primeiro Festival Internacional de Galerias. Foi o primeiro evento com participação somente de agentes relacionados. Os especialistas da comunidade artística acharam que a criação deste evento faz com que o setor da China saltasse para um novo patamar.
A Galeria do Mar Leste de Shanghai participou do primeiro Festival Internacional de Galerias. O seu gerente, Xun Longsen, afirmou à nossa reportagem:
"Antigamente, esse mercado não estava estruturado. A China não possuia galerias de qualidade suficientes para organizar um festival."
Se compararmos com os outros famosos festivais de galeria, a China ainda pode-se se desenvolver. Entretanto, o mercado já despertou a atenção internacional do setor de exposições. Como foi informado, 92 galerias oriundas de 15 países irão participar do Segundo Festival Internacional de Galerias da China. Dentre as quais, um terço é mundialmente considerada de primeira linha. Como exemplo teremos a participação da Craesslin da Alemanha e a Exposição de Gagosian dos EUA, entre outras. As exposições sul coreanas e japonesas ocupam a maior porcentagem no Festival. Paralelamente, elevou-se a participação de exposições européias.
O diretor do Festival, Dong Mengyang, salientou que o grande desenvolvimento econômico chinês, fez com que o mercado de produtos artísticos acelerasse o seu crescimento. Ele afirmou ainda:
"70% das galerias participantes vêm de países estrangeiros. Após o ingresso da China na OMC e a conquista do direito de organizar as Olimpíadas de 2008, muitos investidores estrangeiros olham a China como uma grande oportunidade."
A Exposição de Tóquio estabeleceu em 2002 uma exposição chamada "Beijing Tokyo Art Projects" em fabrica abandonada de Beijing. O administrador do projeto, Tabata Yukihito disse:
"A China tem muitos artistas talentosos que possuem boa perspectivas. No século 21, a China vai tornar-se o centro asiático. O mercado chinês é imenso, assim como o seu mercado artístico. Os países europeus e americanos e o Japão vêem o mercado chinês com bons olhos. Eles irão ingressar neste mercado assim como eu fiz."
Dong ainda destacou que o desenvolvimento deste mercado e a sua abertura internacional irão promover oportunidades ainda maiores para o setor no país.
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