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(GMT+08:00) 2004-12-02 09:24:58    
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As montanhas Himalaia

Situadas na orla sul do planalto Qinghai-Tibete, formam um arco saliente para sul. A maior parte da cordilheira situa-se na China. "Himalaia" significa "Casa de Neve" na linguagem Tibetana. A altitude média destas montanhas é de mais de 6000 metros. Situado na fronteira China-Nepal, o pico Jolmo Lungma (8882 metros) é o mais alto do mundo. Pela primeira vez em 1960, os montanhaistas chineses atingiram o cume do Jolmo Lungma pela sua vertente norte. Entre 1966 e 1967 a China fez um exame geral circunstanciado da zona, estabelecendo uma base científica para o desenvolvimento a aproveitamento dos seus recursos naturais.

Ao longo do sopé norte do Himalaia corre o rio Yalutsangpo, de oeste para leste, e que na longitude 95ºE vira para sul e corta o Himalaia em magníficas gargantas. Os majestosos picos do Himalaia bloqueiam as correntes de ar húmido que sopram do Oceano Índico. Como resultado, as vertentes sul dos Himalaias têm chuvas abundantes e uma luxuriante vegetação em contraste com as vertentes do norte, com vegetação seca e esparsa. À medida que aumenta a altitude, o panorama natural vai-se modificando em cinturas de vegetação diferente. Com a altitude aumenta abruptamente, estas cinturas vegetais são invulgarmente pronunciadas.

Quando se sobe do vale de um rio a 2.000 metros até um pico de mais de 8.000 metros, o panorama natural muda rapidamente embora a distância horizontal coberta seja apenas de uns escassos doze quilômetros. Nas terras baixas quentes e húmidas desenvolvem-se árvores de largas folhas perenes que formam uma cintura florestal. À medida que aumenta a altitude, as árvores de largas folhas vão rareando e desaparecem, dando lugar às coníferas que formam, por sua vez, outra cintura florestal. Mais acima, devido ao arrefecimento, as árvores são substituídas por mato. Mais acima ainda, surgem os prados e depois uma cintura de líquen. Nas maiores altitudes encontram-se as regiões das neves eternas. As mudanças de paisagem que se disfrutam na acensão da montanha são idênticas às que se veriam viajando do quente sul da China para o frígido Polo Norte. É uma visão incomparável na natureza.

As montanhas Qin Ling

As montanhas Qin Ling atravessam cerca de 1.500 quilômetros da China central, desde o sul do Gansu no oeste até entre as fozes dos rios Huai e Yangshu no leste. Estas montanhas são a linha divisória entre os vales dos rios Amarelo e Yangzi. A extensão em Shenxi é típica, com a altitude média entre 2.000 a 3.600 metros. As vertentes norte são escarpadas em contraste com as vertentes sul que se erguem mais suavemente. Assim como evita que as correntes de ar húmido marítimo penetrem profundamente no noroeste, a cordilheira Qin Ling também evita que o vento frio do norte desça mais para sul, permitindo que o sul do Shenxi e Sichuan sejam menos castigados pelos intensos ventos frios. As montanhas Qin Ling formam também uma linha divisória natural entre as zonas temperadas e as zonas subtropicais da China. Os rios nas vertentes sul são longos, ao passo que nas vertentes norte são mais curtos e pequenos.

As montanhas Nan Ling

Correndo para leste desde o norte do Guangxi, e depois através do Hunan e do Guangdong até ao sul do Jiangxi, separam os vales dos rios Changjiang e das Pérolas. Geralmente acima dos 1.000 metros, atingem 2.000 metros no ponto mais alto. Entre as montanhas graníticas existem numerosos desfiladeiros e lagos baixos e nivelados. Muitos destes tornaram-se trajetos vitais para as comunicações entre o norte e o sul. Há cerca de 2.000 metros, foi construído o canal Xingsan no canto nordeste do Guangxi que corta estes vales e une os sistemas de drenagem dos rios Yangzi e das Pérolas. Hoje o caminho do ferro de Hunan-Guangxi também segue este caminho. Embora não muito altas, as montanhas Nan Ling bloqueiam de certo modo os ventos frios do norte, pelo que o clima no sul é quente e os campos estão verdes durante todo o ano, tornando a região uma das maiores produtoras de cereais tropicais e subtropicais da China.