A China quer aproveitar as atuais oportunidades favoráveis para impulsionar mais as relações econômicas e comerciais com países da América Latina, disse hoje um funcionário do Ministério de Comércio da China.
O funcionário ofereceu uma entrevista à Agência de Notícias Xinhua às vésperas da visita do presidente chinês Hu Jintao a quatro países latinoamericanos, nomeadamente Brasil, Argentina, Chile e Cuba.
As economias da China e dos países da América Latina se complementam e compartilham amplas perspectivas em cooperação econômica e comercial, disse o funcionário.
Ele também indicou que a China outorga grande importância às relações de comércio com países da América Latina e deseja desenvolver novos canais e propostas para promover o desenvolvimento econômico bilateral.
"Creio que a cooperação sino-latinoamericana em comércio e em outras áreas avançará por meio dos esforços conjuntos de ambas as partes", disse o funcionário.
De acordo com as estatísticas oficiais chinesas mais recentes, o volume de comércio bilateral entre a China e os países latinoamericanos superou os US$25 bilhões pela primeira vez no ano passado, chegando a US$26,8 bilhões, 50,4% mais em respeito à cifra do ano passado.
Os especialistas locais disseram que a importação chinesa de soja, mineral de ferro e cobre da América Latina tem crescido rápidamente nos anos recentes, o qual contribue positivamente para a recuperação econômica dos países da América Latina.
"A China, em seu processo de rápido crescimento econômico e integração com a economia mundial, também fez contribuções às economias dos países latinoamericanos", disse Jiang Shixue, subdirector do Instituto de Estudos Latinoamericanos da Academia de Ciências Sociais da China.
Em 2003, o volume de importação da China se incrementou 40%, enquanto que sua importação da América Latina aumentou 79,1%, o índice de crescimento mais alto entre todas as partes do mundo, mostram as estatísticas oficiais chinesas.
As empresas chinesas também investiram US$800 milhões em diversos projectos em países latinoamericanos até finais de 2003. Os países da América Latina têm investido cerca de US$30 bilhões à China.
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