As relações de parceria estratégica, com duradoura estabilidade e benefício mútuo entre a China e o Brasil, abrangem não só a área política internacional, mas ainda cobrem as áreas científica e tecnológica, econômica e comercial, contribuindo para o desenvolvimento da economia internacional e beneficiando a paz e a estabilidade mundial.
Fortalecer o relacionamento nas áreas de ciência e tecnologia, de economia e comércio vem sendo um importante tema no desenvolvimento das relações de cooperação amistosa entre a China e o Brasil. Após o estabelecimento das relações diplomáticas, foram assinados mais de 50 acordos e protocolos de cooperação entre os dois governos. Em 2003, o valor do comércio bilateral totalizou US$ 7,989 bilhões, firmando-se o Brasil como o maior parceiro comercial da China na América Latina. Até fins de 2003, 73 empresas e companhias comerciais chinesas mantêm filiais e representações no Brasil, com US$ 167 milhões como valor total de contrato. Ao mesmo tempo, grandes empresas brasileiras também instalaram suas representações na China com 312 projetos com valor total de contrato de US$292 milhões. Com os esforços dos dois países, em Outubro de 1999, foi lançado com sucesso o primeiro Satélite de Recursos Terrestres, projetado e fabricado pelos dois países, razão pela qual a cooperação em pesquisa e produção de satélites de sensoriamento remoto de recursos terrestres tornou-se modelo de cooperação em tecnologia de ponta entre os países em desenvolvimento.
No dia 7 de Maio de 1961, o presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional, Zhu De, recebe a delegação da Comissão de Fomento do Comércio Exterior do Brasil.
A China e o Brasil restabeleceram o comércio direto em 1972, ainda em pequena quantidade. No dia 11 de Abril de 1974, o vice-presidente Li Xiannian recebeu a delegação da Associação dos Exportadores Brasileiros, chefiada por seu presidente, Jiulite Coutinho. Em Janeiro de 1978, foi assinado em Beijing o "Acordo Comercial Brasil-China", o primeiro acordo entre os dois governos assinado depois do estabelecimento das relações diplomáticas.
O chanceler Saraiva Guerreiro visita a China em Março de 1982. Durante a visita, foi assinado o Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica, pelo qual, os dois países se comprometeram a pesquisar e produzir conjuntamente satélites de recursos terrestres.
Entre Maio e Julho de 1983, teve lugar em São Paulo e Rio de Janeiro uma Exposição Econômica e Comercial da República Popular da China, a primeira grande exposição da área depois do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países com a exibição de mais de 20 mil itens, tendo sido essa a maior exposição chinesa do gênero até então realizada no Exterior.
Em Maio de 1984, durante a visita do presidente brasileiro João Batista Figueiredo à China, foram assinados em Beijing o Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica entre os dois governos e o Protocolo Adicional ao Acordo Intergovernamental de Comércio. Os presidentes Li Xiannian e João Batista Figueiredo participaram da cerimônia de assinatura no Grande Palácio do Povo.
Entre dias 28 de Maio e 5 de Junho de 1984, teve lugar em Beijing a Exposição Industrial do Brasil. O presidente João Batista Figueiredo, ora em visita à China e o vice-presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional da China Rong Yiren participaram da cerimônia, cortaram a fita inaugural e visitaram a exposição.
Dia 6 de Julho de 1988, foram assinados seis documentos, como o Protocolo sobre a Pesquisa e Produção Conjunta de Satélites de Recursos Terrestres, o Ajuste Complementar ao Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica no Campo de Pesquisas Científicas e Desenvolvimento Tecnológico nos Setores de Transportes, o Protocolo de Cooperação na Área de Tecnologia Industrial e o Acordo sobre Cooperação Científica e Tecnológica em Energia Elétrica. Os presidentes Yang Shangkun e José Sarney comparecem à cerimônia de assinatura.
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