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(GMT+08:00) 2004-05-28 19:40:27    
Relações sino-brasileira entram em nova fase de desenvolvimento

cri
Pela passagem do 30º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Brasil, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, visitou a China entre os dias 22 e 27 do corrente mês.

Nos meados da década de 90, a China e o Brasil estabeleceram as relações de parceria estratégica. Nos últimos anos, as relações bilaterais vem se ampliando para os terrenos político, comercial, econômico, diplomático, tecnológico e científico. Para o presidente Lula, as relações bilaterais se encontram no seu "melhor período". Nestas circunstâncias, como consolidar e enriquecer as relações de parceria estratégica entre a China e o Brasil tornou-se um dos temas principais de Lula na sua visita.

Em 1998, o volume anual do comécio sino-brasileiro foi apenas US$2,2 bilhões. Em 2003, a cifra se aproximou da casa de US$8 bilhões, aumentando 78,7% em relação ao ano 2002. A China tornou-se o terceiro maior parceiro do Brasil em todo o mundo, e o maior parceiro comercial na Ásia, enquanto o Brasil, o maior parceiro comercial da China na América Latina. Durante a visita de Lula à China, foi criado o Conselho Empresarial China-Brasil, o que lançou uma boa base para um desenvolvimento ainda maior das relações econômicas e comerciais entre ambas as partes. A Petrobrás e a Varig estabeleceram seus escritórios de representação em Beijing. A Shanghai Baosteel e a Companhia Vale do Rio Doce firmaram uma série de 15 documentos sobre a cooperação.

A intensificação da cooperação política foi um dos importantes conteúdos no programa de visita de Lula a Beijing, além da cooperação econômica e comercial. A China e o Brasil mantêm pontos de vista semelhantes quanto a uma série de problemas internacionais e nacionais, por isso mostram a vontande e a necessidade de intensificar a cooperação no terreno político.

Quanto aos problemas internacionais, a China e o Brasil se opõem à hegemonia e ao unilateralismo considerando que a globalização econômica possibilita aos países em via de desenvolvimento enormes desafios e desejando que seja consolidado o sistema do comércio multilateral de base na igualdade, por isso, há alguns anos, as Chancelarias chinesa e brasileira iniciaram as consultas regulares e a China vem mantendo contatos eficientes com algumas organizações regionais, tais como o Grupo do Rio e o Mercosul. Durante a visita de Lula, ambas as partes decidiram criar a Comissão de Coordenação e Cooperação Sino-Brasileira, uma entidade de nível mais alto, para orientar e coordenar o desenvolvimento das relações bilaterais.

Quanto ao desenvolvimento sócio-econômico e a eliminação da pobreza e da desintegração entre os ricos e os pobres, os dois países têm também muitas experiências a trocar. Dia 26, Lula e o premiê chinês Wen Jiabao compareceram juntos à Conferência Global sobre a Redução da Pobreza e discutiram os meios em busca da solução da questão.

Na ONU, a China e o Brasil são unânimes exigindo uma reforma adequada do Conselho de Segurança e fortalecer o papel dos países em desenvolvimento. A China apoia o Brasil para que tenha um papel de maior destaque nas instituições multilaterais da ONU.

Na questão dos direitos humanos, a China e o Brasil se opõem à adoção dos critérios diferentes e declararam fortalecer seu intercâmbio e a cooperação no terreno.

Desde os anos 80 do século passado, a cooperação sino-brasileira nos terrenos científico e tecnológico vem conhecendo notáveis progressos. Ambas as partes mantêm boas cooperação na aplicação pacífica da energia nuclear e do espaço exterior, especialmente podem servir de exemplo dos países em desenvolvimento na pesquisa dos satélites de recursos. Em 2002, os dois países assinaram um acordo sobre a produção de aviões regionais na China e os primeiros aviões de fabricação sino-brasileira serão entregues em junho próximo. No setor cultural, realizaram-se as exposições de arte e a troca de docentes, especialmente de jogadores de fútebol. A visita de Lula promoveu ainda mais o intercâmbio neste setor. A exposição "Amazonas: Tradições Nativas" e os espetáculos de samba possibilitam ao público chinês as oportunidades de conhecer a cultural do Brasil. Durante seu intenso programa de visitas, Lula inaugurou o Núcleo da Cultura Brasileira na Universide de Beijing desejando que ele contribua para a cooperção cultural, educacional e científica entre os dois países.

Geograficamente, a China e o Brasil estão distantes um com outro, o que dificulta em certo sentido, o conhecimento e a compreensão entre os dois povos. Durante a visita de Lula, a China e o Brasil anunciaram que em agosto deste ano , será aberto o vôo regular direto entre São Paulo e Beijing e a China anunciou oficialmente o Brasil como um país destinatário turístico, desta forma, o Brasil tornou-se o primeiro país da América Latina a possusir tal status. Assim, para os turistas chineses, viajar para as florestas tropicais brasileiras e assistir lá a uma partida de futebol ou um espetáculo de samba já não é um sonho remoto.