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(GMT+08:00) 2004-05-25 20:11:50    
Comércio com Brasil chegará a US$ 10 bilhões em 2005, prevê embaixador

cri
A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China marcará a entrada dos dois países em um novo momento, caracterizado pela interação bilateral e por uma longa e complexa pauta comum. A previsão é do embaixador Edmundo Fujita, chefe do Departamento de Ásia e Oceania do Ministério das Relações Exteriores. "Os dois países estão cada vez mais envolvidos e entrelaçados, são complementares em muitos aspectos", acrescenta, em referência aos 30 anos de relações diplomáticas.

Brasil e China, em âmbito político, sempre se reconheceram como parceiros importantes. Desde 15 de agosto de 1974, quando se aproximaram diplomaticamente, mantêm relações amistosas e de cooperação. Já naquela época, eram países bem diferentes: o Brasil vivia sob o regime militar e a China atravessava a fase de Revolução Cultural. "Eram países em grande desenvolvimento, com grandes potencialidades e com desafios complexos e dificuldades parecidas", lembra o embaixador.

Para aquecer ainda mais esse relacionamento, em 1993, durante o governo Itamar Franco, cunharam a chamada parceria estratégica, que estreitou os laços e avançou na área do comércio bilateral. Se em 1974 o volume total de comércio entre os dois países era de cerca de US$ 17 milhões, segundo dados estatísticos da alfândega chinesa, em 1979 essa cifra já somava US$ 219 milhões. O crescimento persistiu nas décadas de 80 e 90, quando a movimentação chegou a US$ 1,494 bilhão e, no ano passado, alcançou US$ 6,7 bilhões ? 385 vezes mais que em 1974. Para 2005, a expectativa é que as cifras cheguem a US$ 10 bilhões.

O potencial de desenvolvimento dessa relação ainda não chegou perto do nível de saturação. Apesar do crescimento acelerado, a participação do Brasil entre os países que exportam para a China ainda é reduzida ? os produtos brasileiros representam apenas 1% do total importado pelo país asiático. Mas o quadro deve mudar. No primeiro trimestre deste ano, as vendas para a China cresceram 59,9% sobre igual período no ano anterior e a pauta se diversifica: hoje, além de soja e minério de ferro, que correspondem juntos a 46% das exportações brasileiras para os chineses, o Brasil já vende aço, celulose, máquinas e instrumentos mecânicos, madeira, couro e peles, automóveis e suco de laranja.

Segundo a Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex), no ano passado 1.638 empresas brasileiras efetuaram vendas com os chineses, 21% a mais que em 2002. Isso faz da China o maior parceiro comercial do Brasil na Ásia e o terceiro maior mercado de destino das exportações brasileiras, atrás apenas dos Estados Unidos e da Argentina. No sentindo oposto, o Brasil é o maior parceiro comercial da China na América Latina e garante o abastecimento em commodities agrícolas e minerais metálicas.

Mylena Fiori e Fabiana Uchinaka

Repórteres da Agência Brasil

21/05/2004