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(GMT+08:00) 2004-05-24 15:29:59    
Distribuição ainda é entrave para produto brasileiro

cri
A China é um mercado importante, mas trabalhoso e complexo. Segundo dados do Ministério das Relações Exteriores, o processo de distribuição é um dos grandes entraves para os empresários brasileiros.

As empresas de distribuição existem em três níveis: nacional, provincial e municipal. E, na prática, a maior parte dos bens produzidos é repassada diretamente do produtor para distribuidores locais, que vendem ao consumidor. Isto faz com que esses distribuidores se especializem nos produtos que transportam e se limitem a regiões centralizadas, de pouca penetração no mercado. Estima-se que a China possua cerca de 70 mil mercados especializados e atacadistas, que comercializam US$ 60,2 bilhões por ano.

Rapesta estima que os chineses possuam cerca de US$ 400 bilhões em dinheiro vivo pronto para investir, mas apenas os empresários preparados poderão disputar uma fatia desse montante. "Só se estabelece quem tem condições e competência", diz. E avisa: "Quando não existe interesse é difícil negociar com os chineses, mas quando eles estão interessados são de uma agressividade ímpar".

Exigências

Para entrar nesse mercado é preciso estar preparado para as exigências do país. "Além de um modo de negociação diferente, os empresários encontraram exigências diferentes daquelas que estão acostumados a lidar aqui na América Latina", avisa Bonfá. Para se ter uma idéia, as tarifas impostas sobre as mercadorias importadas na China incluem os impostos de importação, a taxa de consumo e o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA). Além disso, o governo aplica taxas anti-dumping sobre mercadorias que possuírem preços baixos demais.

Com a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), as tarifas de 23 produtos foram reduzidas. Entre esses produtos estão automóveis, café solúvel, suco de laranja, carne bovina e óleo de soja. No caso do óleo de soja, a tarifa caiu de 85% para 9%. No entanto, o diretor da Cia. Cacique, Haroldo Bonfá, ainda aponta o imposto de importação como o maior entrave para a exportação. Hoje, o café solúvel paga imposto de importação de até 36,9% e precisa de preço competitivo num mercado dominado (90%) por Estados Unidos e Suíça.

Mylena Fiori e Fabiana Uchinaka

Repórteres da Agência Brasil

20/05/2004